ENCÍCLICA DO SANTO E GRANDE CONCÍLIO DA IGREJA ORTODOXA
SACRA ARQUIDIOCESE ORTODOXA DE BUENOS AIRES E EXARCADO DA AMERICA DO SUL
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Elevamos um hino de ação de graças ao
Deus adorado na Trindade, que nos permitiu reunir nestes dias de
Pentecostes, na ilha de Creta, santificada pelo Apóstolo Paulo das
Nações e seu discípulo Tito, «verdadeiro filho na fé que nos é comum»
(Tt 1,4) e, concluir, sob a inspiração do Espírito Santo, os trabalhos
do Santo e Grande Concílio da Igreja Ortodoxa, convocado por sua
Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, com o acordo de Suas
Beatitudes os Primazes das santíssimas Igrejas Ortodoxas Autocéfalas,
para glória de seu bendito Nome e em benefício do povo de Deus e de todo
o mundo, confessando com o divino Paulo: «Assim, pois, que nos vejam
como servidores de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus» (1 Cor
4.1).
O Santo e Grande Concílio da Igreja una,
santa, católica e apostólica constitui um testemunho autêntico da fé no
Cristo Deus-homem, Filho unigênito e Verbo de Deus, que por sua
encarnação, toda a sua obra na terra, seu sacrifício sobre a Cruz e a
sua Ressurreição revelou o Deus Trinitário como Amor infinito. Assim,
pois, a uma só vós e num só coração dirigimos, em concílio, a palavra de
«nossa esperança» (cf. 1 Pd 3,15), não apenas aos filhos fiéis
de nossa santíssima Igreja, mas a todos os que antes se encontravam
afastados e que se aproximaram (Ef 2,13). «Nossa Esperança» (1 Tm 1,2), o Salvador do mundo, foi revelado como «Deus-conosco» (Rm 8,32) «que quer que todos os homens se salvem e alcancem o conhecimento da verdade» (1Tm
2,4). Proclamamos o amor sem esconder os benefícios, conscientes das
palavras do Senhor: «O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras
não hão de passar» (Mt 24,35). Anunciamos cheios de alegria a
palavra da fé, da esperança e do amor, esperando por aquele «dia em que
não haverá ocaso, nem manhã, nem fim» (Basilio o Grande, ‘Homilías sobre el Hexamerón’ II, PG 29, 52, SC 26 bis, p. 185). O fato de que a nossa cidadania está «nos céus» não enfraquece, mas reforça o nosso testemunho no mundo.
Nisto, nos conformamos à tradição dos
Apóstolos e dos nossos Padres, que anunciavam o Cristo e a experiência
salvadora da fé da Igreja, fazendo teologia tendo como objetivo «lançar
mãos às redes» (segundo o espírito de apostolado), isto é, alcançar os
seres humanos de nosso tempo, para transmitir-lhes o evangelho da
liberdade em Cristo (cf. Gal 5,1). A Igreja não vive para si mesma. Ele
se oferece a toda a humanidade para a elevação e a renovação do mundo em
novos céus e nova terra (cf. Ap 1.21). Assim pois, dá o testemunho
evangélico e compartilha os dons que Deus dispensou à humanidade: seu
amor, a paz, a justiça, a reconciliação, a força da ressurreição e a
esperança da eternidade (…)
Seguiremos traduzindo os demais documentos do Concílio
para publicação neste espaço.
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